Saúde mental em pauta: qual é o papel das marcas?

Os efeitos negativos das redes sociais, especialmente sobre jovens, têm sido um tema urgente e complexo. E as marcas já perceberam que, além de se posicionar a respeito, podem fazer a diferença ao abordar o assunto em suas campanhas.

“Quando uma marca fala sobre saúde mental infantil, não está apenas criando conteúdo, está abrindo portas para conversas cruciais nos lares brasileiros.”
Rico Mendonça, Chief Creative Officer da Bullet.

O preço de estar conectado

“O uso compulsivo [do TikTok] está ligado a uma série de efeitos negativos na saúde mental, como a perda da capacidade analítica, e também prejudica a formação da memória, a capacidade de contextualizar, conversar e ter empatia”, concluem os investigadores da própria empresa.
A plataforma ainda identificou que após 260 vídeos, um usuário pode “ficar viciado”.

A Universidade de Oxford acrescenta que o tempo excessivo em redes sociais tem uma relação linear com o aumento da ansiedade e depressão em adolescentes, com alguns relatando até oito horas diárias em redes.

Esse comportamento se reflete em dados alarmantes: no Brasil, o suicídio é a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, com cerca de 12 mil casos anuais. Atrás apenas dos EUA em números absolutos.

Desconectar para gerar conexão

Encontrar soluções para uma vida mais saudável e falar sobre a importância disso aproxima as marcas do que realmente importa: as pessoas. Ouvir a necessidade dos consumidores é o primeiro passo para construir campanhas potentes e transformadoras.

Hoje, mais de 90% das crianças de 10 a 13 anos usam a internet diariamente no Brasil.

Tentando reduzir esse impacto devastador, a Bullet se juntou à Natura para divulgar sua linha infantil Naturé. Que chega com o mote “E se… desse pra cuidar brincando?”
E mostra que a brincadeira é muito mais saudável quando acontece lá fora. Incentivando o brincar ao ar livre e o contato com a natureza.

Nesta edição do Promolikers, trouxemos 3 cases que abordam o tema saúde mental e mostram como podemos transformar o cenário atual.

Começando pela Siroko, marca espanhola de artigos esportivos, que mostra como estar constantemente no celular pode afetar a vida de uma criança. No vídeo, vemos uma menina sendo gradativamente consumida pelo uso do aparelho, mas encontrando uma saída na atividade física.

1. How much life is consumed by your phone?, da Siroko

As estatísticas certamente não mentem: chocantes 73% da Geração Z lutam contra a ansiedade e a depressão, mas, embora exista uma correlação entre as redes sociais e a autoestima, para 40% dos jovens, essas plataformas têm uma influência positiva ao funcionarem como espaços para obter aconselhamento sobre saúde mental.
E é aí que entra a iniciativa “Brave Together”, da Maybelline, que visa empoderar e capacitar os jovens oferecendo apoio psicológico. Mostrando que a conversão é uma consequência quando a história parte mais do que de uma verdade, de uma necessidade social.

Marcando o Dia Mundial da Saúde Mental, o mais recente filme de campanha, ‘Reconnect With You’, promove o Ditch the Label [https://ditchthelabel.org], conhecido como o espaço seguro da internet, para apoio quando as redes sociais deixam de ser boas.

2. Maybelline | Reconnect With You

Agência – Nice and Serious

O impacto das redes sociais e do sedentarismo sobre a saúde mental não é exclusivo da juventude. A campanha “The Desk Break”, da Asics, mostra como o trabalho em escritórios impacta diretamente a saúde mental.
Brian Cox, famoso por interpretar figuras autoritárias, empresta sua voz para um alerta que convida os trabalhadores a incorporar pausas para se movimentar, criticando soluções corporativas superficiais e incentivando práticas genuínas para reduzir o estresse e melhorar o bem-estar.

3. ASICS | The Desk Break

Agência – Golin London

Diante de um cenário em que a tecnologia parece inescapável, campanhas voltadas à saúde mental vão muito além de alertas: são uma oportunidade para que marcas se tornem parte da solução. Conectando-se com autenticidade e criando campanhas conscientes por meio de um storyselling® bem construído.

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